25/04/2024

Capri, a ilha cuja beleza marcou Césares e até Pablo Neruda

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Alguns séculos antes de Cristo, os imperadores romanos Cesar Augustus e Tibério se encantaram com as belezas de Capri, se instalando nessa pequena ilha que segue até hoje conquistando admiradores de todas as partes do mundo. O poeta Pablo Neruda, exilado, também deixou numa pedra, de onde o Mar Tirreno se descortina em paisagem deslumbrante, um poema onde afirma que lá encontrou a síntese da vida. Capri é assim, um lugar que marca quem a visita.

Com 6 quilômetros de extensão por dois quilômetros de largura, pouco mais da metade de Fernando de Noronha, Capri, na região da Campania, na Itália, é um dos destinos mais badalados do jet-set internacional. A ilha ferve no verão, atraindo turistas que vão atrás dos seus confortáveis hotéis, restaurantes badalados, lojas descoladas e o que ela tem de melhor: as belíssimas paisagens.

Muitas pessoas fazem excursões de um dia à ilha, a partir de Roma, Nápoles ou cidades da Costa Amalfitana, mas Capri merece mais do que um rápido bate-volta.

Com suas casinhas brancas e suas ruelas floridas e impecáveis, o centro da cidade já seria suficiente para entreter qualquer turista, mas Capri reserva belezas naturais de fazer cair o queixo, sempre tendo como protagonista o azul intenso do mar Tirreno.

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Panorâmica de Capri a partir do cais do porto. Fotos: Tereza Cidade/Marcos Santos.

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As casas branquinhas de Capri.

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Barco rápido que leva à Capri.

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Torre do relógio e entrada para o funicolare.

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Praça Umberto I, com seus diversos cafés.

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Via Camerelle reúne lojas de marcas famosas.

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Loja da Carthusia que vende o famoso Profumi di Capri.

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O comércio da ilha tem marcas famosas e lojas de artesanato.

A principal delas e um dos cartões postais da ilha é Il Faraglioni, três picos de rochas no meio do mar, cada um com um nome: o primeiro unido a terra se chama Stella; o segundo, separado do primeiro por um pedaço de mar, Faraglione di Mezzo, e o terceiro Faraglione di Fuori ou Scopolo.

Um dos mirantes para Il Faraglioni está no final da Via Tragara, próximo ao Hotel Punta Tragara, do arquiteto Le Corbusier, que também oferece uma sugestiva vista para o centro de Capri, com sua casas nas encostas, e a baía da Marina Piccola. Próximo ao hotel, você encontrará uma placa com versos do poeta Pablo Neruda, que ficou um tempo exilado na ilha.

A partir daí você pode pegar a Passeggiata del Pizzolungo que leva até o Arco Naturale, outro cartão postal da ilha. O Pizzolungo é um dos trajetos mais charmosos da ilha de Capri, mas exige fôlego para enfrentar os 775 degraus (Ufa!) que se alternam com trechos planos. No meio do caminho, quando o folego faltar, você pode descansar nos inúmeros mirantes panorâmicos.

Quase no final do percurso, vovê encontrará uma estreita e íngreme escada que leva até a Gruta di Matermania, que teria sido usada para rituais pagãos. Depois de subir mais alguns degraus – uns 200 – você chega no alto, quase sem fôlego, onde está um aconchegante restaurante/bar, com uma vista belíssima. É o paraíso, hora de tomar uma bebidinha refrescante e saborear algum petisco, porque você merece.

De lá, caminhando mais alguns minutos, você chega ao Arco Naturale, uma surpreendente escultura paleolítica. O arco de 12 metros está suspenso a cerca de 18 metros de altura do chão, formando uma espécie de ponte natural entre dois pilares de rocha. Ele se encontra acima do nível do mar e o seu buraco semicircular contribui para criar fotos fantásticas.

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Placa com versos do poeta Pablo Neruda, que ficou um tempo exilado na ilha.

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As belezas naturais de Capri encantam qualquer pessoa.

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Pequeno barco cercado pelas formações rochosas que circundam a ilha.

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Passeios de barco ao redor da ilha são oferecidos aos turistas.

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O colorido das flores e o azul do mar.

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Il Faraglioni, ponto turístico famoso da ilha.

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O impressionante azul do mar.

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A Vila Malaparte é outro cartão postal da ilha.

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A moldura das árvores destaca a paisagem formada pelas rochas e o mar.

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O Arco Naturale, outro ponto muito visitado de Capri.

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Depois de percorrer toda a Passeggiata del Pizzolungo, com seus 775 degraus, nada como uma paradinha para apreciar a vista.

Na visita à ilha não deixe de conhecer os Jardins de Augusto que, junto com os Belvederes de Punta Tragara e de Migliera, oferece os melhores pontos para fotos dos Faraglioni.

Outra atração considerada imperdível é a visita à Gruta Azul ou Grotta Azurre, em italiano. Primeiro, é preciso saber se a maré permite o acesso à gruta. Se permitir, você pode comprar o passeio no porto de Capri. Você segue em um barco até entrada da gruta e lá embarca em um bote, que entra por uma pequena passagem. Dizem que a luz dentro da caverna intensifica o azul do mar, dando a impressão de que o barco está flutuando sobre às águas.

Também muito indicado é o passeio de barco ao redor da ilha. Você pode contratar barcos de excursão ou alugar particulares, com ou sem marinheiro.

Ande a esmo pela cidade, olhando as vitrines das lojas de marcas famosas e caras, relaxe em um dos muitos cafés da Piazza Umberto 1, “La Piazzetta” para os íntimos, observando o movimento das ruas e não deixe de se deliciar com os saborosos gellatos (sorvetes) italianos. Aproveite para experimentar a famosa salada caprese, feita com os tomates da região; o Limoncello, a bebida a base de limão siciliano e a caprese, torta típica feita à base de cacau e amêndoas.

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Jardins de Augusto com o belo colorido das flores.

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Il Faraglioni a partir dos Jardins de Augusto.

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A bela vista da Via Krupp dos Jardins de Augusto.

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Panorâmica de Capri na subida para Anacapri.

 

Anacapri, a irmã não menos bela e mais barata

Além de Capri, a ilha abriga outra pequena cidade, menos conhecida, mas nem por isso menos bonita: Anacapri. Ela fica na parte mais alta da ilha, aos pés do Monte Solaro, e está a apenas 3km de Capri, mas num trecho com curvas e subida vertiginosas.

Há ônibus ligando as duas cidades a cada 15 minutos e o trajeto é feito em cerca de 10 minutos. Eles partem do Centro de Capri ou da Marina Grande e levam até a Piazza Vitoria, em Anacapri.

A partir da praça, você pode ir para a estação de teleférico que leva ao Monte Solaro ou então seguir para a Via Capodimonte, a rua que leva ao Museo di Villa San Michele e a um ponto panorâmico com vista para o Golfo de Nápoles.

Também na Piazza Vittoria começa a Via Giuseppe Orlandi, rua exclusiva para pedestres que atravessa o centro histórico. Nessa área, pegando a via Orlandi, você chega a Casa Rossa (Casa Vermelha) construída em diversos estilos arquitetônicos. Retomando a Via Giuseppe Orlandi você encontrará a praça San Nicola, onde fica a igreja de San Michele, uma construção barroca dos séculos XVII e XVIII. Mais adiante fica a praça Armando Diaz, onde costumavam acontecer reuniões públicas e onde ainda hoje se encontram os habitantes de Anacapri, sentados em bancos de mosaico pintados a mão. Em frente a praça tem a Igreja de Santa Sofia, erguida em 1510 para substituir a antiga paróquia de S. Maria di Constantinopoli.

Anacapri é uma cidade mais tranquila, se comparada a Capri. Tem uma vida noturna menos agitadas e as butiques de marcas famosas são substituídas pelas lojinhas de artesanato local.

A cidade oferece preços mais em conta que Capri, que vão dos hotéis e restaurantes até as lembrancinhas de viagem.

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Piazza Vitória, onde fica o teleférico para o Monte Solaro.

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A Casa Rosada, que mistura diversos estilos arquitetônicos.

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Interior da Casa Rosada.

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As casas caiadas de brancos de Anacapri.

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Igreja de Santa Sofia, construída em 1510.

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Igreja de S. Michele, de 1698.

Dicas espertas:

* Ao desembarcar na ilha, no Porto da Marina Grande, é preciso pegar um funicular para chegar ao centro da cidade. Se não quiser carregar as malas até o hotel, você pode contratar o serviço de entrega de bagagens. Apesar da oferta de táxis, não vale a pena pegá-los para Capri, já que eles te deixam no mesmo lugar do funicular – veículos não circulam na cidade – e você precisará ir andando até o hotel.

* O perfume e as joias produzidas com coral vermelho são os artigos artesanais da ilha, e desfrutam de renome internacional

* Capri tem um movimento intenso de turistas, que chegam aos montes em excursões. No final da tarde, principalmente fora dos meses de verão, a cidade fica mais calma e você pode curti-la mais à vontade.

 

Serviço:

Como chegar

Avião: Você pode chegar por Roma e seguir de trem para Nápoles, onde pegará um barco para Capri.

Outra opção é chegar por Nápoles e daí seguir para Capri.

Trens: Os trens saem da Estação Roma Termini até Nápoles. O percurso pode durar 1h no Eurostar, trem de alta velocidade, ou 2h no Intercity, mais barato. No Interregional a passagem é ainda mais barata, mas são 4h de viagem.

Balsas e barcos para Capri partem de Nápoles e Sorrento, a melhor forma de chegar a ilha. A travessia pode ser feita de duas formas: em barcos mais lentos e mais baratos leva 1h20, e em barcos rápidos, o aliscafo, a viagem é de 40 minutos. Os barcos são confortáveis, mas fazem a travessia em alto mar, portanto, se você tem tendência a enjoos, evite o aliscafo, principalmente se não estiver no verão.

No verão também é possível ir para Capri a partir de Positano, Amalfi, Salerno e Ischia.

Carro: Você pode ir de carro de Roma para Nápoles ou outra cidade da Costa Amalfitana, mas não poderá levá-lo para Capri. Uma opção é pegar o carro em Roma, fazer a Costa Amalfitana e devolvê-lo na cidade onde pegará o barco para Capri.

 

Onde ficar

Se você quer ficar no burburinho, gosta de conforto e não precisa economizar, o Quisisana, localizado em uma área bem central da Vila, é uma boa opção. Outros hotéis de luxo são o JK, que hospeda celebridades e oferece um serviço totalmente personalizado e de grande qualidade. Para esse público também há o Caesar Augustus ou o Scalinatella.

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Há hotéis bem mais em conta e bem avaliados em site como o booking.com e hoteis.com.

Para quem quer hospedagem mais barata, uma boa opção é ficar em Ana Capri, com uma variada oferta de hotéis.

 

Quando ir

Para aproveitar melhor a ilha o ideal é ir de maio a setembro. Se puder, evite agosto, período de férias na Europa, quando a ilha fica lotada e os preços bem mais altos.

 

Onde comer

Capri tem bons restaurantes, mas um dos mais populares é o Da Paolino. As mesas ficam embaixo de limoeiros, que perfumam o ambiente. É uma experiência que vale a pena.

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