25/04/2024

Roteiro para você curtir o máximo das atrações de Parintins sem perder o ritmo do boi bumbá

Catedral de Nossa Senhora do Carmo, em Parintins

Catedral de Nossa Senhora do Carmo, padroeira de Parintins. Foto: Divulgação

Texto: Peta Cid

A tradição histórica e cultural da festa dos bois de Parintins projeta a cidade como rota dos destinos turísticos da Amazônia. No mês de junho a ilha ferve com o sol ardente e a recepção calorosa do povo aos visitantes que chegam para brincar de boi. Parintins está descobrindo timidamente o novo caminho do turismo, aquecido no Festival Folclórico e na temporada de cruzeiros internacionais.

O visitante que se aventura a conhecer o rico patrimônio natural e cultural da cidade pode chegar a Parintins por via aérea, mas a viagem desafiadora e fascinante é pelo rio, descendo 365 quilômetros a partir de Manaus, singrando  as águas barrentas do Amazonas.

O trajeto em embarcação de recreio é um convite a contemplar os mistérios da floresta e a imensidão das águas, dividindo um mínimo, mas aconchegado e apertadinho espaço entre as coloridas redes.

Na chegada ao porto, o visitante sente o calor da recepção e da hospitalidade do povo parintinense. Sempre tem um amigo ou um parente à espera dos convidados. “Essa é a vantagem do parintinense, aqui a gente gosta de tratar bem quem vem conhecer nossa cidade. Ser hospitaleiro é nossa fama”, disse o autônomo Raimundo Rocha, enquanto aguardava a chegada de um amigo da sobrinha que estava vindo de Santarém, PA.

A Ilha Tupinambarana tem um toque artístico que retrata a beleza paisagística do lugar, suas peculiaridades, praças, ruas, os atrativos turísticos, o patrimônio arquitetônico, a arte artesanal, a exaltação à cultura indígena e a divisão da cidade em vermelho do boi Garantido e azul do boi Caprichoso.

Barcos regionais para Parintins

A viagem desafiadora nos barcos regionais: um emaranhado de redes. Fotos: Peta Cid/Elinaldo Tavares

Turistas chegando no porto de Parintins.

Parintins está na rota de transatlânticos.

Belo pôr do sol na ilha Tupinambarana.

 

City tour por Parintins

Um city tour está entre as opções oferecidas aos turistas. A moda é o passeio de triciclos, adaptados com assento em madeira que percorrem a cidade levando o visitante a qualquer lugar. “Somos mais de 800 circulando na cidade. Muitos fazem ponto na área portuária, no centro, na Francesa e nos Itaúnas.  Estamos cadastrando todos os tricicleiros para organizar melhor o trabalho no Festival”, diz o presidente da Associação dos Tricileiros, Jackson Santos.

No roteiro turístico não pode faltar as praças dos Bois, Liberdade, Eduardo Ribeiro, Cristo Redentor; as igrejas, a Catedral do Carmo e a orla da cidade, a Praça Judith Prestes, no Bar Comunas, Peixaria Coroas e Boteco Du Verçosa, famosos por emoldurar belas imagens do pôr do sol.

Localizado na Avenida Nações Unidas, o Bumbódromo é o mais visitado. A arena de apresentação, cujo projeto inicial destacava o formato estilizado da cabeça de um boi, sofreu algumas mudanças e na última reforma ganhou um Liceu de Artes para projetar os artistas do futuro. Lá funcionam cursos nas mais diversas áreas da arte, cinema, museu dos bois, galerias de fotos e oficinas de música.

Os currais dos bois Garantido e Caprichoso também entram no roteiro. É lá que acontecem os ensaios em preparação à disputa dos bumbás no Festival Folclórico.

Outro programa de turista é conhecer os detalhes das esculturas em cimento que estão espalhadas pela cidade. “Nós artistas tivemos como professor o mestre Jair Mendes. Ele que começou essa arte na parede interna da agência do Banco da Amazônia”, lembra o artista Renilson Tavares, o Réu. Hoje as telas em cimento estão na frente do Bumbódromo, na Praça da Liberdade e nas fachadas das casas, retratando a história, o cotidiano do ribeirinho a natureza, lendas e o festival.

Mercado Municipal de Parintins

Mercado Municipal. Fotos: Peta Cid/Elinaldo Tavares

Orla no píer da praça Cristo Redentor.

Triciclos em Parintins

Os triciclos levam os turistas para as principais atrações da cidade.

Orla de Parintins.

A agitação do Bar Comunas durante o festival.

Esculturas de cimento ao redor do Bumbódromo.

Parintins, terra dos bois bumbás

As esculturas de cimento retratando o modo de vida do caboclo.

 

Bois bumbás

Os bois, vedetes da festa, estão por toda parte. É obra de Réu, na  rua Rio Branco, a escultura em concreto do Caprichoso que faz homenagem à Turma do Canto da família Lima. Na Armando Prado, o Bené Rodrigues encomendou do artista um boi de fibra e cuidou de todos os detalhes para devolver a imagem do Garantido ao pedestal da rua mais vermelha da cidade. Houve comemoração na chegada da escultura.

“Temos que mostrar um trabalho bonito para quem vem visitar nossa cidade. Sou do Caprichoso, mas aceitei a encomenda por entender que o artista tem que pensar que Parintins merece o melhor”, expressou.

 

Como chegar:

Localizada na margem direita do rio Amazonas, Parintins só é acessível por barco ou avião:

Avião: Há voos diretos Manaus-Parintins, que podem durar 1 hora ou 40 minutos, dependendo da avião. No período do festival os voos têm várias frequências diárias. Mesmo assim, o ideal é adquirir a passagem com antecedência. Fora do período do festival, a MAP é a empresa aérea que oferece voos diários para Parintins.

Barco – A viagem demora de oito a 24 horas, dependendo da embarcação. No período do festival, os barcos de linha saem do porto da Manaus Moderna e ficam ancorados na orla de Parintins até o final do festival. O viajante pode atar sua rede e dormir no barco. Nesse tipo de embarcação, que leva em média 200 passageiros, a viagem demora entre 18h e 24h. O retorno é mais demorado, em média 24h.

As passagens são compradas em guichês no porto da Manaus Moderna, na Zona Sul de Manaus, ou direto com os proprietários dos barcos.

Além dos barcos de linha, mais lentos, também é possível chegar em Parintins nos A jato, lanchas rápidas fechadas que demoram de seis a oito horas de viagem. Nessas lanchas, que tem capacidade de até 90 pessoas, não é possível – nem necessário – pernoitar.

 

Veja mais fotos das atrações de Parintins:

Parintins, terra dos bois bumbás

Praça do Jacaré. Fotos: Peta Cid/Elinaldo Tavares

Bumbódromo de Parintins, onde se apresentam os bois Garantido e Caprichoso.

Casario no centro histórico de Parintins

Casario no centro histórico.

Parintins, terra dos bois bumbás

Região dos Lagos.

Praça da Liberdade.

Praça Cristo Redentor, em Parintins

Praça Cristo Redentor.

Escultura do Garantido na rua Armando Prado.

Escultura do boi Caprichoso na rua Rio Branco.

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4 thoughts on “Roteiro para você curtir o máximo das atrações de Parintins sem perder o ritmo do boi bumbá”

  1. Adora festa é fantástica só que tem um pequeno problema durante o festival não encontramos em um caixa eletrônico 24 horas na cidade fica muito difícil andar com dinheiro em mãos

  2. Manoel Junior disse:

    Fui nos 2 últimos anos. a festa é maravilhosa, o povo acolhedor. Só teve um problema. nas duas vezes q fui, na volta comprei passagem de lancha ali mesmo na beira do rio e na hora de viajar um ano a lancha não apareceu e no outro a lancha deu problema mecânico e não saiu. resultado tive que me virar pra e pagar outra passagem. A secretaria de Turismo deveria fiscalizar mais esses vendedores ali da Beira . deveria ter um local específico pra essa venda onde o turista tivesse mais garantia da passagem que comprar.

  3. Zacarias Oliveira disse:

    Precisa melhorar a infraestrutura!!!

  4. Imbiriba Iramar disse:

    O festival é a expressão cultural mais improvável do mundo.

    Como se consegue realizar uma das maiores maravilhas da humanidade, em uma pequena cidade entranhada na maior floresta tropical da terra, com um grau de excelência de cair o queixo do mais incrédulo cristão.

    Como as pirâmides do Egito, um dia a humanidade ainda irá se perguntar, como aqueles seres conseguiam se superar, com tão pouco recursos, para realizar o maior evento cultural do mundo?

    Imbiriba Iramar.

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