01/12/2024

Caprichoso encerra o festival com saberes da Amazônia e alerta para o futuro

Caprichoso encerra o festival com saberes da Amazônia e alerta para o futuro

O Caprichoso encerrou o 57º Festival Folclórico de Parintins com um apresentação apoteótica. Fotos: Divulgação

O Boi Caprichoso cantou a Amazônia numa belíssima apresentação encerrando o 57º Festival de Parintins e espalhando sua mensagem ao mundo, pelo saber de seu povo, um triunfo na floresta. “Saberes: o reflorestar das consciências” foi a temática escolhida pelo Boi Caprichoso para o último ato de “Cultura, o Triunfo do Povo”.

Em um cenário formado por entes da floresta que tomaram conta da arena, o Boi Caprichoso chegou do alto, em uma libélula, com a Marujada representando a própria floresta com chapéus que iluminavam na noite, enquanto borboletas voavam pela arena do Bumbódromo.

A tradicional “Chamada do Boi” levantou a galera ao comando do apresentador Edmundo Oran e do Levantador de Toadas Patrick Araújo.

A lenda indígena “Do Cataclisma Macurap ao reflorestar da vida”, do artista Alex Salvador, contou que em noite de lua, o xamã Macurap previu em seu transe que uma gigantesca alagação aconteceria: era Beüd que desceria dos céus ladeado por borboletas negras, trazendo muitas chuvas. O enorme ser veio com muitas luzes e efeitos de trovão.

A cunhã poranga Marciele Albuquerque surgiu em uma borboleta que saiu do tronco da frondosa sumaumeira do centro da alegoria, para evoluir com a toada Guerreira das Lutas.

A toada ‘Amazônia, nossa luta em poesia’ foi defendida no item Toada, Letra e Música, num momento de clamor pela Amazônia.

A Figura típica regional “Sacacas, curadores da floresta”, dos artistas Makoy Cardoso e Ney Meireles, foi um dos destaques exaltando os dons de caboclos e caboclas que usam o poder milagroso das ervas medicinais para a cura das doenças do corpo e da alma, a íntima ligação entre os mistérios do mundo terreno e do mundo metafísico. Do alto da alegoria, o módulo do sacaca foi erguido pelo guindaste para revelar a Rainha do Folclore Cleide Simas.

A Sinhazinha da Fazenda também foi revelada na alegoria para sua evolução com uma indumentária que exaltou a floresta, suas flores e animais.

Um destaque na noite foi a participação de Angela Mendes, filha do seringueiro, sindicalista e ativista político, Chico Mendes, e de José Tupinambá, que entraram na arena com o relógio do clima que marcava 5 anos, 21 dias e 11h59. “Em cinco anos se a gente não cuidar da nossa terra, pachamama, ela vai aquecer um grau e meio. A gente pode cuidar dela, salvar nossa terra, salvar nossas vidas. E adiar o final do mundo. Demarcação já”, disse Tupinambá.

A Porta-estandarte Marcela Marialva veio no momento alegórico Crisálida da vida, erguendo o pavilhão do Caprichoso.

O pajé Erick Beltrão entoou parte da toada Unankiê para convocar os povos originários a dançar. A reedição do Ritual da Vida levou para a arena uma grande tarântula que desceu do céu e em uma teia e arrebatou indígenas num espetáculo coreográfico.

O Rito da Cura da Terra: Awa Guajá, o Esperançar da Floresta encerrou a apresentação do azul e branco com um alerta sobre o fim da vida que pode ser trazido pelo desmatamento e degradação do ambiente, viralizando penúria, dor e lamento. O pajé Erick Beltrão fez a pajelança da cura com uma grande performance.

A apoteose do Caprichoso encerrou a festa azul com todos os seus brincantes e artistas na arena sendo aplaudidos pela galera pelos três grandes espetáculos no festival.

Veja mais fotos da apresentação do Caprichoso:

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