O setor de turismo no Amazonas fechou em abril, continuará fechado em maio e avaliará se reabre a partir de junho. Pelo menos esta é a disposição dos 23 hotéis e pousadas associadas ao Amazonas Cluster de Turismo. O grupo registrou 75% de cancelamentos das reservas, em março, devido à pandemia de Covid-19. “A campanha ‘Não cancele, remarque’ não funcionou”, afirma o empresário Ricardo Daniel Pedroso, da Viverde Turismo.
O Amazonas Cluster é associação patronal, que atua nos setores de hotelaria urbana, hotelaria de selva, barco hotel e agência de viagem. Nomes como Mirante do Gavião e Anavilhanas Jungle Lodge, de Novo Airão, Cirandeira Bela, de Manacapuru, e Juma Amazon Lodge, do rio Juma, no Careiro Castanho, estão no grupo. Entre os urbanos figuram Casa Teatro, Villa Amazônia e Juma Ópera, que despontam como hotéis de charme em Manaus.
O faturamento bruto das 23 empresas do Cluster, em 2019, atingiu R$ 85.105.210. Foram recebidos por essas empresas, ano passado, 47.928 visitantes, 33% brasileiros e 67% estrangeiros.
Das empresas associadas, 70% fazem parte do Simples Nacional e todas fizeram investimentos em suas unidades, em 2019. É significativo que, no lugar de esperar pela burocracia oficial, 95% utilizaram capital próprio.
Queda vertical
O Cluster previa, inicialmente, que a pandemia de Covid-19 diminuiria o número de turistas, em 2020, em apenas 17%. “Essa estimativa inicial, se fosse feita hoje, não ficaria abaixo de 60%”, estima Ricardo.
O prejuízo avaliado pelo Amazonas Cluster, no setor, é de R$ 19 milhões, entre janeiro a abril.
“Em janeiro, poucas reservas canceladas, não chegou a 10%. Já fevereiro, os cancelamentos chegaram perto de 50%. Em março foram a 75%. Infelizmente, a campanha ‘Não cancele, remarque!’ teve baixa adesão”, lamenta o dirigente.
Ricardo avalia que, com otimismo, o mercado local e dos Estados vizinhos pode reaquecer no terceiro trimestre. A volta do mercado nacional ocorrerá no final do segundo semestre, ainda de forma tímida. E o mercado internacional somente retomará o ritmo em 2021, com alguma expressão. “Todos esses mercados dependem dos acontecimentos, imprevisíveis, dos próximos meses”, afirma.
Luta contra pandemia e confiança
O turista retornará mais cedo aos destinos que lutarem melhor contra a pandemia, além de enfrentarem os problemas cotidianos. “O turista viaja para onde sente confiança no regime político. Onde se garanta a segurança física. Onde o meio ambiente e a cultura são respeitados. Onde a diversidade é respeitada e, obviamente, possue o atrativo que lhe desperte o interesse em ‘viver a experiência’. Há muita que fazer para incentivar a retomada”, explica.
A luz do otimismo, porém, não apagou no setor. “Muitos dizem que nada será como antes. Talvez, mas uma coisa não muda: a busca do ser humano por conhecimento e sua curiosidade de viver uma experiência real. O turismo será o último a se recuperar, mas sem novas turbulências pela frente, tende a voltar mais forte”, prevê.
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