25/04/2024

Uma viagem à época da borracha no Museu do Seringal Vila Paraíso

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O Museu do Seringal Vila Paraíso está localizado às margens do igarapé São João e abre todos os dias. Foto: Michael Dantas/SEC.

Uma agradável viagem na história do ciclo da borracha, principal atividade econômica da Amazônia no final do século XIX e início do XX, é o que se pode ter com uma visita ao Museu do Seringal Vila Paraíso, em Manaus.  O acesso ao museu é somente fluvial (barco de 25 a 30 minutos).

A voadeira (lancha) sai da Marina do Davi, no final da estrada da Ponta Negra. A travessia é feita pela Acamdaf (92 3658-6159), que cobra R$ 18 (março/22) por cada trecho (R$ 38 ida e volta). O passeio já começa com o percurso inicial. As voadeiras costumam levar vários passageiros e muitos deles vão ficando pelo caminho, a maioria em comunidades rurais de Manaus. É uma excelente oportunidade de conhecer, mesmo que  rapidamente, a área rural da cidade.

Na época da vazante do rio Negro, muitos vão até a Praia da Lua. Na época da cheia, a praia está coberta de água e quase não é frequentada, mas muitos banhistas optam por curtir as águas do rio Negro neste período. Há quem diga que no período da cheia o rio Negro está mais limpo.

Até o Museu do Seringal, incluindo as paradas nas comunidades, a viagem dura em média de 20 a 30 minutos pelo rio Negro e afluentes. Durante o percurso, pode-se conhecer o rio Negro e entrar em lagos, paranás e igarapés e observar casas flutuantes.

A área do museu é muito bonita, mesmo de longe. Uma longa ponte leva o visitante até a parte terrestre. No período da vazante, é preciso andar aproximadamente uns 100 metros, pois as embarcações não podem avançar muito.

O Museu do Seringal é, na realidade, o cenário de um filme: “A Selva”, de 2002, baseado em livro homônimo do escritor Ferreira de Castro, de 1930. O filme teve como protagonistas os atores Maité Proença e Chico Diaz. Mas isto é o que menos importa.

A produção do filme teve o cuidado de manter o cenário que reproduz integralmente um seringal original. Há a casa do patrão, conhecido na época como Barão da Borracha; a capela; o armazém; os casebres (conhecidos como taperas) onde moravam os seringueiros (trabalhadores que extraiam a o látex para produzir a borracha); a casa de farinha e o local onde se banhava a esposa do patrão.

Todas as visitas são guiadas por funcionários que falam português, espanhol e inglês. As explicações são minuciosas e detalhadas, indicando que os guias estão bem instruídos para contar um pouco sobre a história da borracha.

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Sala de jantar da casa do patrão. Foto: Elaíze Farias

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O Museu do Seringal é, na realidade, o cenário do filme “A Selva”, de 2002. Foto: Michael Dantas/SEC

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A casa do patrão, conhecido na época como ‘barão da borracha’. Foto: Michael Dantas/SEC

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Os ambientes recriam o seringal da época da borracha com riqueza de detalhes. Foto: Michael Dantas/SEC

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Um dos quartos da casa do patrão. Foto: Michael Dantas/SEC

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A capela do seringal. Foto: Michael Dantas/SEC

A recriação de um seringal, incluindo a casa do patrão, é impressionante.  A casa do barão da borracha é tão fiel que tem-se a impressão de estar, de fato, em uma residência daquele período. O colorido da casa de madeira, a sala, a cozinha e os quartos são ricamente mobiliados, com objetos de época e de valor, louças finas e trajes refinados.

O “luxo” da casa do “barão da borracha” contrasta com o armazém onde os seringueiros eram obrigados a comprar os objetos com os quais trabalhariam, a capela e, sobretudo, com as taperas onde dormiam e descansavam em condições degradantes.

Os guias fazem demonstrações de retiradas de látex em uma seringueira existente no local. Também dão explicações curiosas, como o fato de as ricas filhas dos barões tomarem banho a cada 15 dias e de mandarem lavar suas roupas na França.

O Museu do Seringal Vila Paraíso fica aberto de quinta-feira a terça-feira, das 09h às 16h, e aos domingos, das 9h às 15h. O ideal é se programar para visitar o local de manhã devido às facilidades de deslocamento.

O acesso até a Marina do Davi pode ser por ônibus e por táxi, para quem estiver no Centro da cidade. A linha que leva até o local é a 120, cuja estação final fica nas proximidades da Marina. De táxi, aos domingos, a viagem leva em torno de 30 minutos do Centro. O valor da viagem ida e volta de voadeira até o Museu do Seringal é R$ 36 (março/22). O ingresso custa R$ 10 (março/22).

 

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O armazém onde os seringueiros eram obrigados a comprar os objetos com os quais trabalhariam. Foto: Michael Dantas/SEC

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Os guias mostram como era produzida a borracha. Foto: Michael Dantas/SEC

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Retirada do látex de uma seringueira. Foto: Michael Dantas/SEC

 

Serviço:

Museu do Seringal Vila Paraíso

Horário de Funcionamento: quinta-feira a terça-feira, das 09h às 16h, e aos domingos, das 9h às 15h.

Localização: Às margens do igarapé São João, afluente do Tarumã Mirim, Zona Rural de Manaus

Ingresso: R$ 10

Saída: Marina do Davi, localizada na av. Coronel Teixeira – Ponta Negra (estrada da Ponta Negra)

 

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3 thoughts on “Uma viagem à época da borracha no Museu do Seringal Vila Paraíso”

  1. Olinda Maria Feitosa da Costa disse:

    Muito boa materia encontrei na hora certo, estou para receber parentes do nordeste, e estou crlecionando lugares, de turismo histórico para levá-los.

  2. Ana Sabino disse:

    Gostaria de entrar em contato com o responsável para mais informações, se é nescessario marcar com antecedencia

    RESPOSTA
    Você pode entrar em contato com o museu por esse telefone: 92 3631-6047

  3. Thalita disse:

    Olá, bom dia
    tem algum e-mail que eu possa entrar em contato com o pessoal do museu?

    RESPOSTA
    Os contatos são esses:
    E-mail: museudoseringal@cultura.am.gov.br
    Telefone: (92) 3631-6047

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